Ser Professor, não é ter título, é ter atitude! Ser Doutor, não é ter título, é ter competência! O título recebido agora é a formalidade e o símbolo de uma formação inicial, porque o conhecimento é construído ao longo da vida e em cada uma das fases pelas quais passamos. Somos permanente construção!
Da educação doméstica - com os hábitos do cotidiano da casa, horários e valores cultivados junto a família, hábitos como: o almoço de domingo, o cumprimentar quando se chega ou quando se sai de casa, a conversa sobre a vida quando a noite chega ou pela manhã durante o café, e que estão sendo subsumidos em muitos lares, resultado da transição por que passa a sociedade e a forma de relação humana e social, - a instrução escolar que perdeu a característica clássica e tradicional em que já não há mais o ditado ou a tabuada, e que se faz em metodologia ativa e por evidências, porque é característica da educação contemporânea a autonomia didática por vezes não apropriada pelo professor.
Ser professor é reunir esses elementos histórico-sociais e os específicos da área, e fazer a leitura da sociedade na sua totalidade. Perceber as dimensões humanas: política, afetiva, cognitiva e social, e de posse desse conhecimento intervir em cada grupo singular. Isto é atitude.
Atitude é saber usar o conhecimento acumulado de acordo com a realidade apresentada a partir dos valores incorporados na educação que se inicia em casa e se estende à escola e a universidade. É distanciar-se do cotidiano e a partir de parâmetros pensar a sociedade. A atitude é a expressão do conhecimento acumulado e elaborado com os valores que incluem caráter, respeito, solidariedade, e resulta em competência.
Portanto, a competência é resultante da apropriação de conhecimento, da experiência e do uso de valores construídos. Contudo, quero ressaltar que essa é uma fase do ciclo da vida que lhes confere titularidade hoje e a ela deve ser somada a atitude e a competência para ter valor social e humano.
Ao longo desses quatro anos, acumularam e experimentaram conhecimento e sentimento que transitam entre conceitos e estados da condição humana que vão desde a avareza, a ira, a inveja, a preguiça, até a vaidade. São próprios da condição humana e instintos a controlar.
Com quantos avarentos nos deparamos no ambiente acadêmico, apegados a tudo que é material e afastados do convívio humano; ou a ira que muito vimos e ainda veremos com o descontrole da raiva e que tem ao seu lado o sentimento de vingança. Convivemos com a inveja sem nos valorizar quando nos projetamos no outro; ou a preguiça com a aversão ao que nos faz crescer, porque só crescemos com a aprendizagem social. E por fim, a vaidade ou soberba. Está ao lado das conquistas pessoais e dela devemos cuidar. As conquistas são para dividir com aqueles que contribuíram, os pais, a família, os professores, os amigos, são universais e por muitas vezes já foram conquistadas anteriormente por muitos outros.
Na condição de professor, é necessário tratar esses conceitos com o parâmetro construído na educação doméstica e instrucional transformando uma condição inicial e dada realidade adversas em condição digna de vida em sociedade menos vulnerável e de mais direito cidadão.
Temos no grupo que recebe o grau hoje formandos que já acumulam experiência como professor da Educação Básica, os que já estão orientando nas academias de ginástica, os que fazem formação político-partidária, aqueles que como em turmas anteriores socializaram trabalhos em eventos científicos nacionais e internacionais; acadêmicos que se destacam pelo desempenho meritocrático do CRPL- Coeficiente de Rendimento por Período Letivo somado a permanência e continuidade dos estudos nos semestres consecutivos.
Esse cenário de hoje se repete a cada semestre, mas se faz novo para cada um pela história que estão construindo. Com isso quero ressaltar que todos fazemos história e com roteiros muito próximos e em condições humanas que podem nos levar a mudança pessoal e social. Lutemos por isso, por conquistas pessoais que sirvam a sociedade e nos tornem cidadãos com controle dos pecados capitais, guardando na memória permanente o compromisso firmado nas palavras do juramento.
É a competência em fazê-lo que resulta em atitude. Ser professor é uma atitude!
Belém, 16 de dezembro de 2013
Marta Genú
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