Coordenação Curso Educação Física2012

COORDENAÇÃO DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA UEPA 2012/2014. PROFESSORA DOUTORA MARTA GENU.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Crônica sobre Mulheres e cotidiano




Desembarco no aeroporto às 02:10h, vejo a esteira rolando e aguardo a bagagem, enquanto uma senhora recolhe da esteira bolsas enormes de mercadoria para revender...e começo a pensar sobre o que dizer nesse dia 8 de março. Recolho minha mala e caminho para o ponto de táxi, o motorista se dirige a mim e em meio olhar entrego a mala e me dou conta de uma mão com dedos alongados e unhas pintadas em azul com bolinhas brancas e ops...percebo que é a motorista e que na atividade profissional pega a mala e coloca no bagageiro do carro com força e ação calculada.
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No caminho para casa reflito sobre esse nosso cotidiano feminino que nos torna mães, professoras, advogadas, motoristas, enfermeiras, secretárias, vendedoras, arquitetas, manicures, diaristas, trabalhadoras! E vem a razão de falar sobre o 8 de março. Chego em casa, e a motorista desce, abre a mala do carro e me entrega, então olho para ela e desejo um bom trabalho na madrugada e feliz dia das mulheres, e ela gentilmente agardece e retribui, com tranquilidade...e eu pensando que essa motorista e tantas outras trabalhadoras que trabalham de dia ou madrugada adentro vivem com o "medo, depressão, fragilidade, bloqueio e falta de criatividade, (que) são sintomas cada vez mais frequentes entre mulheres modernas, assoberbadas com o acúmulo de funções na famíla e na vida profissional" como anuncia Clarissa Estés, psicóloga junguiana, quando caracteriza a mulher transformada pela cultura em animal doméstico.  Enquanto penso/escrevo faço pausa para retirar o esmalte gasto das unhas e isso me permite desenvolver a lógica de pensamento além , é claro, de potencializar o uso do tempo escasso para as tarefas do cotidiano.
Estou lendo Mulheres que correm com os lobos, aos poucos quando sobra tempo, como nos deslocamentos durante os vôos, de Clarissa Estés, e estou gostando do que leio, porque ao fazer recortes no tempo e analogias no espaço, é possível entender essa nossa essência feminina, que a autora propõe resgatar no arquétipo da mulher selvagem, que busca, luta, protege e ama.
Isso demarca esse histórico 8 de março.

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